A Família - Abrahão Pedro - Ilha Comprida

A Família

Desde há muito, a ciência agnóstica vem se debatendo para explicar a origem e a evolução da vida.

Só no período mais recente passamos por algumas teorias, todas comprovadas cientificamente num determinado momento mas, que em outro, mostrou-se inconsistente, com higidez deveras duvidosa.

Assim é que pretendeu-se explicar a vida com a teoria da geração espontânea, litania que hoje motivo de riso, que afirmava que a vida surgia do lixo, espontaneamente. Depois, a teoria evolucionista de Charles Darwin, que afirmava que o ser vivo evoluía de acordo com o meio ambiente e, mais recentemente, a teoria que diz que o ser vivo se modifica aleatoriamente e então procura o ambiente mais adequado às suas características.

E outras teorias vem, mais outras vão, teses que se modificam constante e rapidamente, numa clara demonstração que a ciência não consegue compreender e muito menos explicar aquela que é a mais sublime criação divina, a VIDA.

E, é exatamente por isso que fico com a teoria do Criacionismo que diz que Deus criou o universo com tudo que nele existe, fundamentalmente a vida.

Tenho dito que as coisas de Deus não são para serem compreendidas pelo homem; que algumas coisas o Senhor nos consente compreender; não sempre as mesmas para todas as pessoas mas algumas coisas a uns e outra a outros; que daquilo que o Pai nos consente compreender, devemos falar e nas coisas que Deus não nos consente compreender, devemos inexoravelmente crer.

Dentro da teoria criacionista, a simbologia de Adão e Eva nos diz que após Deus fazer Adão com o barro, a matéria, soprou-lhe no nariz e ele teve vida. Fez Eva de parte de Adão e não soprou mais uma vez no nariz de Eva que, então, compartilhou o espírito de Adão. Assim, o Criador definiu o casal como carne da mesma carne e espírito do mesmo espírito. Aqui, o Senhor deu a primeira noção de família enquanto célula fundamental da humanidade, como homem e mulher vivendo em comunhão de carne, em comunhão de espírito e em comunhão com Ele, o Criador.
Mas, o Senhor foi além e ordenou que vivessem e se multiplicassem nascendo cada um de dentro de uma mulher, conseqüência da união carnal com o homem que nela deixa parte de si para gerar o descendente de ambos. Posteriormente, através do Evangelho, o Senhor Jesus ordenou que se apartassem de Pai e Mãe, numa alusão a como deveria se multiplicar esta célula fundamental da sociedade, a família, enquanto homem, mulher e filhos, carne da mesma carne e espírito do mesmo espírito, vivendo em comunhão entre si e em comunhão com o Criador.

Assim, o Senhor construiu e definiu a humanidade: a Família, célula fundamental, responsável pelo desenvolvimento de seus membros em todos os aspectos, sejam aqueles que vem por transferência genética, bem como por aqueles que vem da tradição, os aspectos moral e ético que moldam e definem o caráter e a personalidade de cada ser humano.
Definiu ainda o Senhor os fortes laços na comunhão com Ele e na comunhão de seus membros e destes laços o Sr .Jesus falou em Seu evangelho quando contou a história daquele senhor que tinha dois filhos e que um deles pediu ao pai que lhe desse sua parte da herança pois iria embora viver sua própria vida, cansado que estava de conviver com sua família e seu próprio pai.

O senhor atendeu e o filho foi embora. No decorrer de sua nova vida foi perdulário, esqueceu-se dos princípios que seu pai lhe havia legado, passou a viver uma vida de orgias e promiscuidades até que seu dinheiro acabou e ele teve então que procurar trabalho. Não encontrava, pois nada sabia fazer além de viver nababescamente e depois de muitas tentativas conseguiu arrumar emprego para limpar chiqueiro de porcos e como não tinha dinheiro para absolutamente mais nada, passou até a comer da lavagem que deveria dar aos porcos. Assim permaneceu por muito tempo até que um amigo de sua família o reconheceu no trabalho e informou a realidade a seu pai. O pai, imediatamente mandou que seus servos fossem buscar o filho, mandou que tomasse banho, renovou-lhe as roupas, matou seu melhor novilho, convidou todos os amigos e fez a maior festa de sua vida. Enquanto a festa ocorria chegou o outro irmão que vinha de uma longa viagem de trabalho e vendo o tamanho da festa, tomando conhecimento que se tratava da comemoração pela volta de seu irmão, revoltou-se e reclamou ao pai dizendo que para ele, em toda sua vida, nunca havia feito uma festa como aquela e para o irmão que os havia abandonado, que foi perdulário e que perdeu metade da sua fortuna, estava fazendo, ao que o pai então respondeu: Meu filho amado e querido, você tem vivido comigo por toda vida, são muito grandes os nossos laços de comunhão de carne e de espírito mas este teu irmão, desgarrou do seio da nossa família e ele, eu já dava como morto e por isso é muito grande a minha alegria com seu retorno ao seio de nossa família e peço que você assim também considere.

Após esta mensagem do Sr. Jesus, não posso deixar, de fazer um pequeno parêntese para falar com você meu irmão e com você minha irmã. Com você que está levando uma vida de dificuldade, que tem sentido medo, que tem sentido desespero, que tem desavenças em família e que está afastado do Pai porque vem levando uma vida em desacordo com sua consciência.

Pode dobrar os joelhos agora, olhar para cima e dizer: Senhor, eu preciso de Ti. Ele ouvirá e como aquele pai que recebeu o filho, te receberá também e a festa nos Céus será muito grande por você, porque assim é para um pecador arrependido, até maior do que para aquele que nunca pecou e a na sua vida voltará a paz, voltará a alegria de viver e voltará a tranqüilidade.
Precisamos perceber que na história, todas as vezes em que a família ruiu, a humanidade se exterminou.

Assim foi com Sodoma, assim foi com Gomorra, assim foi com o Império Romano ...
Vivemos momento da mais absoluta falência desta grandiosa instituição criada por Deus, a Família !!!

A instituição Família está morta e esta é a razão para as desgraças que estamos vivenciando !!!

Conclamo você a trabalhar pela sua ressurreição !!!
Trabalhar pela ressurreição da Família significa não assistir inerte a cenas como as que temos visto cada vez com mais freqüência, de pai matando filho e filho matando pai, quando sabemos que isso tem motivo conhecido, as drogas. O que estamos fazendo contra isso ???

Trabalhar pela ressurreição da Família significa não assistir passivamente o crescimento da gravidez precoce, onde a menina tem 2 ou 3 filhos, cada um de um pai e exatamente por isso, todos sem pai, constituindo uma família “manca” cujos filhos são criados pelos avós e que quando tiverem filhos precocemente, como a mãe, não terão avós para cuidarem pois, estes, já não cuidaram nem de seus próprios !!! O que estamos fazendo contra isso ???
Trabalhar pela ressurreição da Família significa não assistir passivamente políticos na televisão, ridiculamente filmados recebendo o dinheiro da corrupção, como esse energúmeno ex governador de Brasília, que ainda vem nos dizer que o dinheiro era para comprar panetones para as pessoas carentes !!! Não podemos deixar que isto se banalize para nossos filhos e netos. O que estamos fazendo contra isso ???

Trabalhar pela ressurreição da Família significa ter a preocupação de dosar corretamente as ausências paterna e materna do lar não deixando que o trabalho e a diversão se sobreponha ao bom e sadio desenvolvimento da família !!! O que estamos fazendo por isso ???

Trabalhar pela ressurreição da Família significa ter a preocupação de não banalizar o sexo, a ponto de ocorrer o que tenho visto, relações sexuais acontecerem na rua, com seres humanos agindo feitos cadelas e cachorros.

Também, a divulgação desenfreada do “use camisinha” com o pretexto de evitar a AIDS, fazendo com que jovens “se sintam na obrigação” de fazer sexo sem, muitas vezes, sequer estar pensando nisso !!! O que estamos fazendo contra isso ???

É fundamental não nos calarmos diante dessas e de muitas outras aberrações !!!

Àqueles que neste momento estão pensando que são impotentes para tal, quero lembrar que Davi, armado apenas de uma funda, matou o gigante Golias, armado até os dentes, em batalha franca, de frente e sem armadilha porque se apresentou para tal e porque pediu ao Senhor que lhe desse a vitória e então, foi ungido para tal.

A Justiça de DEUS e a Justiça do Homem - Abrahão Pedro - Ilha Comprida

A Justiça de DEUS e a Justiça do Homem

A Justiça Divina, a justiça do Pai, aquele que faz voltar ao nada os príncipes e torna cousa vã os juizes da terra, é aquela que acusa, julga e condena ou absolve o homem baseada em um texto legal tácito para cada indivíduo, levando em consideração as peculiaridades de cada um e a mais absoluta relatividade de todas as cousas deste mundo.

A Justiça dos homens é aquela que pretende julgar todos os homens à luz de um mesmo texto legal entendendo isto ser provedor da igualdade e da justiça, não se dando conta de que existem pessoas com condições de vida muito diferentes umas das outras, pessoas que nasceram nas ruas e que não tem o menor conceito de família, de afetividade, meninas que são estupradas pelos próprios pais e coisas desta natureza que nos dizem que existem pessoas que estão absolutamente fora dos conceitos de moral, de caráter e de vida que motivam os homens que fazem as leis que amanhã ou depois irão condenar estas pessoas que não têm o menor entendimento para tal.

A Justiça Divina acusa, julga e condena o homem, através de sua consciência porque é por ela que o homem ouve a palavra de Deus.
E por isso, a Justiça Divina é implacável.
O homem condenado por sua própria consciência, não tem defesa.
Não tem função qualquer argumento mentiroso e a condenação é a perda da paz do espírito.
É a pior de todas as penas.
O homem que perde a Paz é inutilizado, não consegue o contato consigo mesmo e em função disto perde sua própria identidade até o ponto de não se reconhecer mais, até o ponto de não ter condição de se definir, de não saber se ele próprio gosta ou não gosta desta ou daquela coisa, sem definição do porque faz isto ou aquilo e daí sua mais absoluta intranqüilidade.

A Justiça dos homens, caro leitor, é tida pela humanidade com a grande promotora da igualdade.
A justiça dos homens tem como símbolo a balança em equilíbrio, para representar a igualdade e uma mulher com os olhos vendados para dizer que não enxerga as condições do indivíduo porque elas não tem interferência nos julgamentos que são feitos exclusivamente à luz da lei.
Na prática, a justiça dos homens tem nos mostrado ser uma grande fábrica de condenar inocentes e de inocentar culpados.

O homem só pode se livrar da condenação da Justiça Divina através do arrependimento.
Só o arrependimento liberta completamente o homem de toda condenação de consciência, de toda condenação divina.
Creiam, meus irmãos, que é muito grande a festa nos céus por um pecador arrependido, maior até do que por aquele que nunca pecou porque o arrependimento representa vitória de Cristo que há 2000 anos veio para modificar a lei de Moisés, trazendo esta possibilidade, a do perdão e do arrependimento e por isso pagou caro pois teve de entregar seu corpo de homem para morrer na cruz.

Com a devida vênia dos senhores causídicos, porque não me refiro à profissão nem à pessoa de cada um mas à instituição justiça, para dizer que a justiça dos homens tem como seu grande e principal fundamento, para grande parte de seus agentes, a mentira.
A justiça dos homens, tida como a provedora da igualdade, para grande parte de seus agentes tem como fundamento a mentira ao ter por princípio que o homem não tem obrigação de dizer qualquer coisa que concorra para sua condenação, ainda que para tal tenha que mentir, não havendo castigo para tal.
A instância máxima de nossa justiça, da qual esperamos o provimento da igualdade, vem premiando com o instrumento de “habeas-corpus” indivíduos sob suspeita que vem depor como testemunha em tribunais e CPIs, desobrigando-os de dizer a verdade bem como até de responder às inquirições, institucionalizando assim também a descaracterização do crime de falso testemunho.
A defensoria pública, tentáculo da justiça, criada também para promover a igualdade, sob o argumento de que nenhum cidadão pode ser julgado sem que tenha um defensor, não tem conseguido sequer tirar da cadeia presos que já cumpriram suas penas !!!
A justiça dos homens, pretensa promotora da igualdade, tem seu código de leis feito pelo congresso nacional, cuja qualificação dispensa comentários.
O indivíduo que tem recursos pode contratar um bom advogado, montar sua defesa inventada, muitas vezes com base em mentiras, se utilizar de todos os meandros das leis que já são feitas corporativamente com os meandros que interessam, enquanto que aquele que precisa se utilizar da defensoria pública é servido por um advogado que na grande maioria das vezes lê pela primeira vez seu processo, no momento da audiência.
Ainda há pouco tempo, pudemos ver em vários canais de televisão um advogado fazendo apologia à defesa de sua cliente, que não tinha grandes recursos para pagar seus honorários mas que o caso lhe traria grande notoriedade.
Falo daquela mulher que confessou o delito de ter colocado o filho recém-nascido dentro de um saco de lixo e de ter jogado no rio, cujo advogado a defendia com o argumento de que a cliente fizera aquilo num momento em que teve um lapso de crise mental.
A crise mental a livraria da culpa e do dolo e por ser um lapso, ou seja, um segundo antes de cometer o ato ela era normal e um segundo depois também, ela se livraria do manicômio.

Assim, caro leitor, quando falamos em igualdade precisamos nos cercar de grande cuidado para que em nome da igualdade não estejamos promovendo a desigualdade, em nome da justiça, não estejamos promovendo a injustiça, em nome da caridade não estejamos promovendo a vadiagem. Precisamos prover cada pessoa com aquilo que ela necessita e precisamos ter a mais absoluta consciência de que duas pessoas que apresentam as mesmas causas de problemas não precisam, necessariamente de atitudes iguais para serem aliviadas.
Era só, para o momento.