Abrahão José
Pedro Neto tem 63 anos.
É Engenheiro
Civil formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
É Corretor de Imóveis
e Jornalista.
Por paixão e
por compromisso é amante da Filosofia e da Teologia bem como Seguidor e
Pregador da Palavra do Grande Mestre Jesus Cristo
1- Como o
senhor avalia o atual momento e pretende desenvolver a economia do município?
Desde a emancipação do município, Ilha Comprida não
tem empregos, disponibilizando alguns poucos informais. É uma cidade de um
único empregador, a Prefeitura, fazendo com que pessoas de grande potencial,
que fazem um esforço sobre humano para terem formação, se vejam na situação de
trabalhar na administração municipal, administrando o contencioso, nada
produzindo para seu próprio engrandecimento profissional tampouco pessoal. Sem
plano de carreira e portanto sem perspectivas, vendo seu mérito desconsiderado,
tendo que enfrentar a concorrência desleal nas promoções que quase sempre
desconsideram o mérito e privilegiam os “amigos do chefe”.
Além da falta de empregos o município tenta
desenvolver o turismo de forma inadequada, que não traz benefícios econômicos à
população. Não temos atividades para o turista no inverno ou em dias de chuvas
que não sejam pontuais. São necessárias atividades perenes para que o turista
possa escolher entre esta ou aquela.
O município carece também de uma atividade
identificadora em torno da qual poderiam ser desenvolvidas diversas atividades
para incrementar a economia.
A construção civil, grande motora da economia, está
seriamente abalada em função de questões ambientais não resolvidas nos quase 24
anos que a administração governa a cidade.
Há que se desenvolver no município atividades
industriais não poluentes que gerem empregos perenes e não apenas temporários.
Aqui, apontamos problemas e, nas respostas a
seguir, estaremos apontando as soluções.
2- Evidentemente não se pode falar em economia sem falar em geração de
trabalho, emprego e renda. Qual a sua ideia sobre esse tema?
Para incrementar a economia precisamos desenvolver
o turismo; criar uma identificação do município para que, em torno dela,
possamos criar muitas atividades; acelerar o processo licenciador da construção
civil e criar indústrias não poluentes.
3- Na sua opinião, quais os principais setores responsáveis por
movimentar a economia local e qual a principal proposta para cada um destes
setores?
Turismo:
Evidentemente que a atração primeira para o turista da Ilha é o mar.
Entretanto, para mantê-lo mais tempo em nosso município, precisamos ter
atividades perenes e não apenas pontuais, para o inverno e para dias de chuva.
Entendemos que a administração municipal não deve ser a operadora dessas
atividades mas sim empresas particulares ainda que, num primeiro momento, para
ser dado o “start” na atividade, seja necessário subsídio temporário do
município. Assim, devemos disponibilizar ginásios de esportes para prática
esportiva, trilhas, passeios à cavalo, etc.
Identificação: Precisamos
de algo que identifique nosso município como, por exemplo, o siri-mole. O
turismo para conhecer essa atividade, para apresentar ao turista a fecundação,
a geração, o desenvolvimento e o consumo final pode atrair muitas pessoas,
inclusive para o importante comércio que gera a atividade. Assim é que a cidade
de Ibitinga-SP é conhecida como a Capital Nacional do Bordado e Gramado-RS é
identificada com fábrica de chocolates.
O Siri Mole foi apenas um exemplo. Precisamos
estudar e escolher a identificação mais adequada.
Construção civil: Há
que haver uma aceleração do processo de licenciamentos que deverá ser feito
através de nosso projeto GAUR (Gestão Ambiental Unificada e Restabelecimento de
Matrículas Imobiliárias) já mencionado em entrevista anterior e que pode ser
melhor conhecido acessando: http://abrahaopedro.blogspot.com.br/2014/09/gaur.html
Indústrias: Ilha
Comprida pode sim ser contemplada com indústrias não poluentes como confecções
e embalagens de produtos acabados. É verdade que estamos num lugar
geograficamente desfavorável mas que não inviabiliza economicamente o
desenvolvimento destas e de outras atividades. A reciclagem do lixo coletado e
a industrialização do lixo orgânico separado também precisa ser fortemente
considerada.
Salientamos que algumas das propostas que
apresentamos aqui estão sendo devidamente estudadas com a população e a equipe
que prepara nosso programa de governo e estarão, no momento oportuno,
apresentadas de modo definitivo em nosso caderno Ilha Comprida Merece Mais, Muito Mais !!!
4- A informalidade historicamente é um dos grandes problemas do mercado
de trabalho local. Como atender patrões e empregados?
É evidente que a informalidade é conseqüência do
baixo desenvolvimento da economia. Estando incrementada da forma como
sugerimos, normalmente os empregos passarão a ser formais. Na verdade ninguém
quer trabalhar na informalidade, nem patrões nem empregados. Fazem, em função
do baixo faturamento e também em função da falta de alternativa para o
funcionário de encontrar emprego melhor.
5- O empreendedorismo, o cooperativismo e o associativismo são apontados
como caminhos econômicos do futuro. Qual o seu pensamento a respeito desse
tema?
O
empreendedorismo é fundamental para o desenvolvimento das atividades turísticas
e industriais supra referidas. O cooperativismo, muito importante na separação
e destinação do lixo coletado bem como na atividade extrativista sustentável. O
associativismo é importante em todas as atividades comerciais e de serviços
porque permite a soma de conhecimento e de tecnologia, dando mais viabilidade
ao empreendimento.
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